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Roque Quadrado
04:05
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Eu sou o C de Croché
E estou basicamente encarregue do parlapiê
Filipe da Graça é quem descontrói
Ele e a sua fiel guitarra-herói
Nós somos C de Croché e Os Naperãos
Só um gajo chamado Didi
É que podia tocar um baixo tão cool assim
E quando os tambores de índios estão cheios
É o Nuno Pontes que os ataca sem rodeios
Nós somos C de Croché e Os Naperãos
Agora que já nos conhecemos
Que o gelo foi quebrado
Era de bom tom avisar-vos
Que isto não é trad-roque, não é fado
Agora que já nos conhecemos
Que o gelo foi quebrado
Era de bom tom avisar-vos
Que isto não é folclore reciclado
É só roque quadrado
É só roque ao quadrado
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2. |
Motim com Bounty
05:16
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Minha flor, há séculos que ando para te perguntar
Por essa marca no teu dedo anelar
Que teima em não se dissipar
Que só dá em amarelar
Quero que saibas que hoje escrevi uma canção pope
Que me chegou como tu, despida e a galope
Não é sobre ti, é sobre um certo je ne sais quoi
Que não sei o que é, mas que está lá
Minha flor, há que tempos que me ando a questionar
Será que meio corpo te chegará para brindar?
Na marquise penduras a lingerie preta
E não dás ares a essa tal de Julieta
Já deves ter reparado que hoje escrevi uma canção pope
Que tal como tu, só precisa de um ou outro retoque
Não é sobre ti, é sobre esse generoso chá
Que não sei de que é, mas que ferves por lá
O motim alastrou-se
À travessa da água-da-flor
Mas continuas na graça do Senhor
Enquantos te lambuzas com o teu chocolate
É de cocô o teu chocolate
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3. |
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Quando eramos putos era sempre Verão
O sol fartava-nos de paixão
Desafiávamos as ondas e a congestão
De peito aberto e de calção
Quando eramos putos era sempre Verão
Dos quentes, como no pós-revolução
Depois vieram os anos noventa e em cada canção
Chovia como se fosse o armagedão
Agora somos adultos e não é em vão
Que instauramos a ditadura do Verão
Este Inverno vamos todos apanhar um ganda escaldão
Agora somos adultos e deu em proclamação:
Daqui para a frente, é sempre, sempre Verão!!!
Este Inverno vamos todos apanhar um ganda escaldão
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4. |
Centímetros Cúbicos
05:39
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Fazer-me às tuas curvas como o Randy Mamola
É o que este sorriso tentava sugerir
Derrapar, queimar borracha, enfim, dar espectáculo
E eventualmente cair
Encosto às boxes para abastecer e mudar de pneus
Embora voe com o punho trancado
Mas isto está com ar de quem vai demorar
E o teu piso está a ficar molhado
Passei incólume na tua escapatória
Já sentia o cheiro a vitória
Mas antes de ver o xadrez
Vi o motor partir-se em três
Passam por mim a abrir e dizem-me que não mordes
Mas eles que pulverizem os teus recordes
Eu cá conheço a tua chicane
E depois não há quem os desempane
Passei incólume na tua escapatória
Já sentia o cheiro a vitória
Mas antes de ver o xadrez
Vi o motor partir-se em três
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5. |
Leões no Brasil
12:45
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Tropicalismo amansado
Exotismo embargado
O futurismo ficou no passado
Devoluto, nunca reclamado
Novelismo rebuscado
Orgulho acicatado
Escapar à bruma do fado
Bolinar pelo misticismo cerrado
Hoje reclamo o meu quinhão
E navego sem pavilhão,
Vai ser tudo menos cool
Lá nos mares do sul
Vou deixar pós putos a América e partir
Para um qualquer Brasil, onde há leões mil
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